quinta-feira, 15 de março de 2012

Não haverá amanhã de manhã.

É como se algo estralasse na minha mente e eu já não soubesse de mais nada. (...) Você não sente fome e nem frio, o medo é próprio que alimenta e aquece. (...) A cabeça deita e rola pelo chão do quarto e eu não sei mais ter controle sobre ela.

Aí penso: E se dessa vez não for psicológico e eu morrer de verdade? O que eu fiz? Que orgulho meus pais vão ter de mim? (...) Minha mente me perturba e eu  só sei chorar, pelo hoje perdido e pelo amanhã que pode não chegar.
(...)
Minhas mãos que já são trêmulas, pioram. Formigam e meus ombros sustentam a dor do mundo inteiro.Minhas pernas desabam e formigam pelo resto da noite, já não consigo me manter em pé. Meu peito dói como em um ataque cardíaco, penso que não vou durar segundos e já se passaram duas horas.
Eu tento chamar o nome do senhor, "Deus Deus eu acredito em milagres, me ajuda por favor."
Logo vejo que Deus não cuida do psicológico, mas sim de dores incuráveis. Chamo, clamo pelo meu avô, estendo a mão sobre minha perna ao lado da cama e chamo: "Vô, vô for favor vem cá. Me ajuda? Segura minha mão" Sinto seu olhar preocupado, tuas mãos pelo meu ombro e com o olhar preocupado dizendo que vai ficar tudo bem.
Uma coisa é ser vencida pelo sono, outra coisa é lutar contra ele.

Com meus olhos cerrados, o medo vai além do improvável. Meus pais dormem tranquilamente e eu não pedir ajuda, estou imóvel.
Minhas mãos estão perdendo as forças e talvez eu não consiga terminar de escrever.
É como se.. apenas em ver o sol entrar pela fresta da minha janela, me faria ficar bem.

Eu não sei pedir ajuda.
Eu não sei se morrerei.
Minhas mãos estão fracas e eu acredito no amor de Deus.

Se eu vou dormir, não sei...

"Hoje já é um novo dia e eu tenho que aprender a acordar."

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