sexta-feira, 1 de junho de 2012

Alguém que nunca se esquece de voltar.

(…) Você volta. Você volta e tumultua tudo em mim, e não sei até que ponto me sinto confortável. Mas, dizem as más línguas que nunca poderia te deixar ir pra sempre. Porque Erasmo ainda canta nas madrugadas do meu rádio - mesmo que eu nunca tenha te falado que as canções dele também eram nossas. Porque quis te deixar com a ilusão de que só “Um novo Adeus” iria nos definir em tons de saudade e euforia. Porque eu quis como a música te abraçar depressa todas as vezes em que te vi chegando mais perto. Tanto sei da falta que ainda me causa que já não sei mais lhe escrever como antigamente. 
Você me disse que sente muito (sente muita falta e aquele blá blá blá depois de anos sem um abraço de verdade) e disse que andou relendo meus escritos antigos em que eram todos diretamente pra você. Onde eu costumava contar das nossas brigas e dos romances eternos em que sonhávamos acordadas com o amanhã.
Na verdade, eu quis dizer também da saudade, mas já fazem tantos anos e eu já aprendi a me calar como você tanto me dizia para aprender. Você costumava dizer que se calar as vezes é bom. Concordo. Por isso meu silêncio te pede mil argumentos sobre o tempo lá fora. Seu cabelo cresceu, você continua a mesma. 
Eu tanto quis me lembrar da madrugada em que discutimos sobre qual era a fase da lua - porque por mais estranho que fosse eu concordaria com você até se chegasse a dizer que aquilo lá em cima não era uma lua. Poderia ser um retrato de nós. Que seja!
Eu sempre vou levar comigo teus risos, teu cabelo voando e você brigando com ele em meio a chuva. Eu sempre vou levar comigo sua presença - mesmo em meio a tanta ausência. Porque você sempre será meu bem maior. E meu coração vive melhor sabendo que você ainda pensa. 
Eu nunca deixarei a saudade de lado. Pode chegar quando quiser. Porque como você mesma disse - mesmo que não tenha dado certo entre nós (…) 
Nunca deixaríamos de ser nós.”

Pro senhorzinho de rugas dos olhos claros que me ensinou o que é vida.


Sebastião,
Talvez, eu nunca fique totalmente pronta para lhe escrever. Eu nunca vou conseguir usar as melhores palavras, nunca vou saber como fazer estas lágrimas deixarem de cair pra sempre. Essa saudade tem seu nome e sobrenome, tem seu cheiro de erva-cidreira, tem sua camisa social azul clara, tem nossas fotos, seu sorriso com cheiro de flor, seus dois pratos de comida todos os dias, o sofá verde-musgo que de tão velho minha avó deu pro meu tio, nosso baralho velho - no qual você sempre reclamava que era tão velho que não dava pra embaralhar (mas, mesmo assim você conseguia fazer um monte e me roubar, como sempre), a grama do quintal que era tão verde que o vizinho nunca conseguia copiar, você me ensinando a ordenhar as vacas e eu nunca aprendendo, suas mãos com rugas e lindas. Seu rosto angelical, seus olhos claros e toda a saudade do mundo.
(…) Olhe com carinho pra mim, Seu Bastião’ Tenha a delicadeza de me mostrar os melhores caminhos, de me fazer tropeçar em pedras gigantes pr’eu aprender de vez. Me ensina a me acostumar com a grama hoje amarelada, a aprender que nenhum sentimento deve ser mendigado. Me olhe de onde estiver, olha com carinho pro meu futuro, tá?
Sei que você sabe das coisas melhores que eu, que vê o que hoje eu não tenho mais visão pra ver. Mas, queria te contar tanta coisa, queria te abraçar hoje, com seus braços fortes e velhos, com suas rugas que o faziam cada vez mais belo, com sua voz tropega e rápida.
 
Sabe o que é? Eu nunca entendia o que cê’ falava até o dia em que a avó me contou que o senhor havia tido um derrame, aí tudo fez sentido sabe? Aí eu entendia a voz rápida, a tremedeira das mãos, as piadas. Tudo.
Sei que cê’ odiava falar duas vezes a mesma coisa, e eu de teimosia nunca entendia da primeira vez. O senhor me desculpe pelas minhas frases sem sentido, viu? É que saudade faz isso comigo, é que as lembranças chegam rápido e eu quero falar tudo e acabo dizendo nada. Me desculpe tá?
(…) Minha mãe ainda não consegue ver suas fotos, as pessoas dizem que é frescura, mas o senhor sabe de como é complicado pra ela né? A avó me deu umas fotos tuas, você era magrinho que só, é engraçado né? Ter te visto todos os anos de minha vida com aquela barriga de trampolim e ver cê’ todo dengoso atrás das “gatinhas”.
 
Ah, lembra das nossas piadas? Eu nunca entendia, sabe? Sério.
(…)
Olha só, eu tenho três fotos pequenas e as do álbum de casamento de minha mãe, tenho aquele pingente de cruz que você usava quando ia a missa de sábado a noite, tenho aquela camisa azul-celeste e tenho em mim todo o amor do mundo que herdei de sua alma.
Desde que nunca mais consegui te ver em corpo, eu consigo te ver em alma. E sabe do que mais? Eu nunca deixei de ter medo de chuva, mas cê’ poderia vir me visitar nestes dias né? Eu sinto. Ainda sinto seu cheiro de erva-cidreira quando vou até sua casa. Mas, esqueci do gosto bom do seu abraço. Já fazem 3 anos, né? Mas, eu não queria esquecer. Não queria.
Você tem um netinho, sabia? Deram o nome do meu tio que faleceu quando eu tinha dois anos. Carlos. O senhor ia ficar orgulhoso demais, ele tem a barriga igualzinha a sua, o sorriso e o nariz. Eu olho pra ele e vejo a falta que o senhor faz.
Foram tempos complicados, você sabe. Mas, minha fé cresceu. Eu aprendi a diferenciar o “q” do “g”, leio mais, e fico sentada na escada que cabia nós dois. Lembro dos risos que você me causava e dos doces que me trazia toda sexta-feira.
Eu te tenho do lado esquerdo do peito, pra sempre.
Todos dizem que estou me tornando como o senhor, tenho até orgulho de mim. Verdade. Eu aprendi a chorar com motivos concretos, que o amor que cê’ me mostrou é o verdadeiro. Sou amiga, companheira, filha, sobrinha, neta. Sou feita de saudades e lembranças. Sou feita de risos que me lembram você.
(…) Todo dia 01 eu reservo um tempo pra ver tudo novamente, pra escrever cartas e sorrir por estar lembrando do seu cheiro.
 
Ps. Sebastião, descobri onde o senhor guarda seu sorriso. Dentro do meu peito pr’eu poder seguir contente e feliz por ter tido você em minha caminhada. Por todos os dias sem você, eu te amo. Por todos os dias que tive você, eu te amo.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Não haverá amanhã de manhã.

É como se algo estralasse na minha mente e eu já não soubesse de mais nada. (...) Você não sente fome e nem frio, o medo é próprio que alimenta e aquece. (...) A cabeça deita e rola pelo chão do quarto e eu não sei mais ter controle sobre ela.

Aí penso: E se dessa vez não for psicológico e eu morrer de verdade? O que eu fiz? Que orgulho meus pais vão ter de mim? (...) Minha mente me perturba e eu  só sei chorar, pelo hoje perdido e pelo amanhã que pode não chegar.
(...)
Minhas mãos que já são trêmulas, pioram. Formigam e meus ombros sustentam a dor do mundo inteiro.Minhas pernas desabam e formigam pelo resto da noite, já não consigo me manter em pé. Meu peito dói como em um ataque cardíaco, penso que não vou durar segundos e já se passaram duas horas.
Eu tento chamar o nome do senhor, "Deus Deus eu acredito em milagres, me ajuda por favor."
Logo vejo que Deus não cuida do psicológico, mas sim de dores incuráveis. Chamo, clamo pelo meu avô, estendo a mão sobre minha perna ao lado da cama e chamo: "Vô, vô for favor vem cá. Me ajuda? Segura minha mão" Sinto seu olhar preocupado, tuas mãos pelo meu ombro e com o olhar preocupado dizendo que vai ficar tudo bem.
Uma coisa é ser vencida pelo sono, outra coisa é lutar contra ele.

Com meus olhos cerrados, o medo vai além do improvável. Meus pais dormem tranquilamente e eu não pedir ajuda, estou imóvel.
Minhas mãos estão perdendo as forças e talvez eu não consiga terminar de escrever.
É como se.. apenas em ver o sol entrar pela fresta da minha janela, me faria ficar bem.

Eu não sei pedir ajuda.
Eu não sei se morrerei.
Minhas mãos estão fracas e eu acredito no amor de Deus.

Se eu vou dormir, não sei...

"Hoje já é um novo dia e eu tenho que aprender a acordar."

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

E agora o que me resta...

Ana,

Eu não sei dizer quanto tempo exatamente se passou desde o dia que você desfez o laço que nos prendia. Seculos? talvez.
Se eu falasse que foi fácil você acreditaria? Se eu escrevesse um poema com linhas retas dizendo o quanto sinto sua falta, você voltaria? Arrumaria um jeito de nadar mares para me ver mais uma vez? Inventaria uma desculpa qualquer pra sua família e voltaria para os meus braços (de onde nunca deveria ter saído)?
Ana, eu já disse trilhões de vezes, já escrevi diversas vezes sobre isso. Eu já não suporto mais tuas idas e vindas. Entende? É como se você ficasse só porque seria mais "correto". Fique porque queira ficar. Me deseje porque sente tesão e não por comodismo.
Não posso me enganar e fingir que não sinto sua falta. Eu sinto falta até de imaginar nossa vida juntas.
Vou cobrar porque você disse que iria ser pra sempre.

-
Se fiquei horas em frente a este papel em branco, você já sabe que sim. Bebi os cafés mais quentes até poder encostar a caneta em uma folha amarelada pelos cantos. Passei os dias misturando bebidas pra me desfazer desta vontade que não era saciada de nenhuma maneira. Assisti todos os programas de TV, até aqueles que você não imagina. Até canal de boi servia pra ocupar minha mente de qualquer porcaria que eu pensasse em dizer pra você.
Eu quis bater a porta na tua cara logo depois que você foi, mas aí você já tinha ido e só me sobrou chutar aquele famoso balde e todas as frustaçoes de amor perdido escritos em cartas logo em seguidas rasgadas. Te digo que tem dias que não suporto mais me olhar no espelho e ver você ali ainda - em mim.
Porque você nunca foi de verdade. E eu te vejo em cada pessoa, em cada lugar que eu queria ter te levado.
Eu sou um besta porque hoje me seguro na vontade de querer mais, de novo, pra sempre. Me seguro na vontade de dizer um milhão de vezes "eu te amo, eu te amo, eu te amo". Me seguro na vontade de dizer "olha no meu olho e diz que não me quer nunca mais"
Eu sou um fraco, Ana. Eu sou um fraco porque te amo e não tenho forças pra dizer que "não"
Eu sempre quis voltar, e quero voltar e me sinto um tanto quanto palhaço nesta situação. Eu sei que quis te ver feliz, mas comigo Ana... comigo.
Eu tento lutar contra a vontade de bater na porta de teu apartamento e dizer pra parar de tentar lutar ficar sem mim, porque não dá certo.
Nós fomos feitos pra durar... pra durar, Ana.

Você disse que seria pra sempre e não disse sozinha. Nós falamos e quase gritamos o tanto que amamos. Mas, e aí o que fazer quando este amor já não é mais suficiente pra fazer este orgulho besta sumir?

Eu sou o fraco que vai sempre te querer, independente de tuas fraquezas diante de tal sentimento, eu quis te fazer crer que poderia dar certo, muito certo. Mas, como quis tua felicidade o termino me fez ver que para isso eu teria que te ver nos braços de outra pessoa.

Desculpe o desespero, amada.   (o amor fere as vezes, mas nunca deixa de ser amor.)


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Esperando a resposta

Ela: Oiii, tá bem?

Eu: Olhe, não fala nada. Só me escuta ok?

Ela: ok!

Eu: Eu te amei tanto. Nestes quase oito meses que estamos juntas. E amei mais ainda nestes dias em que voce sumiu. Porque eu não sabia se eu te esquecia de vez ou lutava todos os dias pra te procurar e saber como voce estava. Eu senti muito tua falta em todos os dias. Eu realmente te amei demais.

Ela: "lágrimas e soluços" Sei que fiz errado.

Eu: "Chorando muito" Ainda vai ver novamente esta garota?

Ela: Eu nem sei ao menos o nome dela.

Eu: Nossa... O que voce estava? Bebada? carente? Sozinha? triste?

Ela: Carente e bebada.

Eu: Olha, eu nunca te proibi te ficar com ninguém. Eu só disse que era questão de respeito. E se voce sentiu algo por ela, se gostou. Se se sentiu confortavel;

Eu: Não posso fazer mais nada mesmo. Já foi. Não dá mais pra voltar atrás.

Ela: O pior é que nao senti nada por ela.

Eu: Puff

(eu chorando muito, descontroladamente)

Eu: Por que sumiu?

Ela: Estava confusa, precisava pensar.

Eu: Poderia ter me falado que precisava de um tempo. Eu entenderia e te daria o tempo que fosse preciso.

Ela: silencio

Eu: Se sumiu de novo... por que me pediu pra voltar a namorar contigo então?

Ela: PORQUE TE AMO.

Eu: Então por que ficou com outra garota?

Ela: Não sei...

Ela: Vamos desligar?

Eu: Sindy, eu só quero te dizer uma coisa antes de desligar. Eu te amo muito, muito mesmo! É inutil eu tentar ficar com odio mortal de voce... porque não posso. Eu te amo! Você pode fazer a maior besteira do mundo, e eu vou continuar te amando. Talvez até mais ainda. Eu nunca amei ninguem como eu te amo. Mas, é tãi inutil tudo isso...

Ela: Isso acabou comigo!

Eu: chorando

Ela: Boa noite.

Eu: Boa? (...)

(ligação desligada. Fim!)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Me olha onde estiver

Sei que o homem lá de cima resolveu te levar antes que eu pudesse piscar. Antes que eu pudesse dizer “eu te amo” um milhão de vezes. Antes que eu pudesse apertar aquela tua bochecha gordinha e rir de suas rugas.
Antes que eu pudesse fechar meus olhos você resolveu partir para um mundo “tão tão distante”
Se o papai do céu deixar, quero ir ao teu encontro em breve. O mundo parece cada vez mais sujo, vovô. A sociedade me joga pedras por eu ser assim tão opinião formada sobre tudo. Os abraços que nunca mais recebi. Os beijos que hoje me são negados... Sinto sua falta. Dos teus abraços, broncas e piadas mal contadas.
Queria te contar tantas coisas, pois sei que mais ninguém quer me escutar. Minhas historias mal contadas e meu jeito trôpego de falar... ninguém quer nem pensar em me escutar.
Eu já não namoro mais com aquela mulher e não gosto mais de pipoca. Escrevo cada
vez mais e durmo cada vez menos. Ando sentindo sua falta porque eu já não moro mais no nosso sitio em Minas, meus pais continuam lá e eu moro com minha avó... faz mais ou menos uma semana que estou aqui e as coisas já estão dificieis por aqui. Por mais que todos queiram o meu bem, eu não me sinto tão confortável. Minha privacidade foi cortada.
Peguei tua foto nesta semana e fiquei mais de horas olhando e chorando. Chorei muito. Mas, não se desespere... foi de saudade.
Estava me lembrando das tardes que eu chegava na tua casa e você estava dormindo e eu chegava bem quietinha e sentava no sofá ao lado e falava baixinho “vô, vô... acorda... vamos jogar?” e você ria, sua risada era a melhor coisa que já foi minha. E você nunca deixou de me fazer sorrir.
Os dias em que eu esperava o tempo que fosse para você contar piadas e historias pra mim. Quando você estava lendo a bíblia e eu esperava... esperava. Aí você me contava alguma parábola e batia no meu braço dizendo algumas palavras de sabedoria que só o senhor sabia.
Eu ainda posso escutar sua risada, sua voz. Ainda posso sentir seu abraço, seu amor, seu carinho. Ainda me lembro da sua enorme barriga que deu sentido a muitas piadinhas engraçadas.
Eu sempre vou me lembrar de você e de como me fazia sorrir.
Eu sempre vou me lembrar de você e de como me disse eu te amo antes de falecer.
Eu sempre vou me lembrar de você e de como roubava nos jogos de baralho.
Eu sempre vou me lembrar de você e de como me amava sem fronteiras.
Eu sempre vou me lembrar de você. Eu sempre vou te amar. Por todos os dias de minha vida.
"Me espera, vovô..."

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Suas tintas

Eu não posso ser como você, meu bem. Você não entende que tenho meus momentos de ficar sozinha e que a caneta as vezes é minha melhor amiga. Que por muitas vezes me perco do caminho que você julga correto.
Muitas vezes eu chego na porta do nosso apartamento e penso mil vezes antes de entrar e ver aquele teu sorriso estampado na cara e com os olhos brilhando. Nunca entendi bem essa tua felicidade extrema ou eu nunca a tive e não sei como agir quando você chega pulando em meus braços. Não sei ser assim, como você.
Queria que entendesse essa minha suplica de tristeza, as vezes. Eu preciso e você me cobra estampar sorrisos a você o tempo todo. Tens mesmo medo de que nosso filho cresça triste assim... como dizes que sou?
Ele é igualzinho a você, vive sorrindo e pulando e gritando pros quatro ventos. Gosto dele porque é uma criança e criança não tem porque ser triste. Nem que fosse pra chorar as vezes.
Não gosto de permitir que você ou ele chore, porque pra mim sempre foi mais comodo enxugar minhas lágrimas... o comodismo me pegou de jeito, amor. Não dá mais pra ser a pessoa que você quer e implora para que eu seja.
Se eu vivo saindo aí de madrugada é porque eu sempre preciso de um momento pra pensar se é essa a vida que quero e que sempre desejei. Mas, eu volto. eu volto porque percebo que tudo muda conforme o tempo, e minha vontade de ontem pode ser diferente da que eu tenho agora. A vontade de ontem pode não ser tao boa assim hoje. Se ontem eu sonhava em viver livre e acampando na praia ao som de algum violão e canções que ninguém sabia o nome, vejo que o que eu tenho hoje é mil vezes melhor.
Ter você hoje é o meu melhor presente, é o melhor que tenho. Esse é o meu modo de dizer que estou feliz.
Isso é felicidade, diferente da tua que se explode a todos, a minha é silenciosa e calma.
Ter você na mesa, no sofá, na cama ou jogada na grama de braços abertos...
Ter nosso filho te acompanhando nas brincadeiras de pega-pega e aquela brincadeira boba que você inventou e que não sei nem o nome dar a isso. Ver vocês dois abraçados ou vindo em minha direção. Caídos na grama e ao som de mil gargalhadas, ter lágrimas aos olhos ao anoitecer e ver que qualquer um de vocês podem me curar de qualquer saudade maior de alguém que já se foi.
Ver vocês ao meu lado é o que eu tenho de mais precioso. Se isso não for felicidade, amor... o que é isso que sinto então?

domingo, 22 de janeiro de 2012

As flores estão no caminho

Parece coisa doida este negocio de ver que alguém cruzar mesmo teu caminho, sabe? É aquela velha historia que desde criança nos contam historias e mais historias que em uma rua alguém vai ladrilhar com pedrinhas brilhantes só pra te ver passar, que você ainda vai ver aquele ser maravilhoso em cima de um cavalo branco. Não nos conta dos tombos que a vida traz, as pedras que nada se ladrilharam. Mas, o alguém chega. Seja pela felicidade estalada no sorriso de teu bem, seja pela angustia de dias tortos traçados pela irregularidade de um sentimento somado a pó. Mas, esse alguém chega. Pela felicidade e pela tristeza. As vezes um só alguém traz os dois.

Eu encontrei.

Amor amor amor e mais nada (...)




Eu poderia até ter acordado ao som de Criolo me avisando das coisas "E o que te faz feliz , também provoca dor" Mas, eu fui escutando... Caetano, Cazuza, Cássia, Ana Carolina, Projota... todos falando daquela amor doido que te faz passar do sorriso a lagrimas em um pequeno instante. Não, eu não escutei. Eu poderia ter lido mais Caio ou Tati, opostos que avisam do mesmo jeito tropego de viver um amor - doido.
"Tá ok... vai... vou ler... me dá aqui essa porra... vou ler. Vá."

"Eu quero algo de bom pra você e pra mim
E pra você que seja com outra pessoa
Porque eu já aprendi a dizer não"

- "Eu tô sofrendo, porra. Não quero outro alguém. Mas que caralho que as pessoas tem de te fazer acreditar que existe alguém lá do outro lado que está te esperando."
(eu tava sofrendo, e sim... existiu alguém do outro lado do mundo. E esse alguém aparece, né? Aparece... te faz ladrilhar cada esquina com brilhantes ou com teu amor surrado.)
Meu amor surrado sempre foi teu, amor.


"Vem meu amor, vem andar comigo"

Não, amor. Ainda não comecei a carta. Digamos que será um "puta" deja vu, mas é que se eu for mesmo escrever com aquelas palavrinhas que te faz ir ao dicionario a cada segundo, você não entenderia. Tô mesmo com esta mania de escrever como se estivesse falando com você assim olhando em teus olhos com aquela conversa clichê de "vamos lembrar de quando nos conhecemos..."
Vamos lá, meu bem. Vamos nos lembrar do amor que sinto/sentirei eternamente por você.




"Aquele dia que você de um jeito bobo apareceu na minha vida, se lembra?" Talvez você se lembre de cada palavra ou talvez não. Graças a Deus que coloquei aquela musica em meu blog, e que você veio. Sei lá com que intenção, mas veio. De uma maneira bem estranha meu estomago se agitou e meu coração bateu na garganta. Estranho - pensei por diversas horas.
"Deixa pra lá, nada vai me fazer esquecer daquele amor doentio que eu estava sentindo a quatro anos seguidos. Impossível eu me apaixonar por outra pessoa. Impossível." Pensei.

"Vou me dar uma chance"

Em uma semana, eu já estava envolvida nesta paixão até o pescoço. De qualquer maneira isso me enforcava cada vez que eu notava este teu ar de "não quero nada sério", e eu me torturando aqui do outro lado do mundo com aquela ideia de "eu quero dizer que a amo" E aí, se não fosse amor? E aí se você falasse que "ok, você me ama, mas, não é bem assim..."
Mas, aí aquele velho e bom clichê chega e me faz ficar tão boba e apaixonada por você, não é? É querer chamar tua atenção a cada segundo e mostrar que sim, eu queria dizer "eu te amo" então presta atenção e diz primeiro...
Eu sou uma atrapalhada boboca mas, que te ama muito. Desde aquele pequeno segundo que me perguntou o nome de uma musica até o momento que me fez crer que o amor de verdade existe sim.

E aí aquela vontade de louca de dizer "eu te amo" é saciada quando você o disse... Eu jamais saberia como dizer ou demonstrar da maneira certa. Não sei se foi breve demais ou demorei, não sei.
Não sei bem de onde arrumei tanta coragem pra dizer "eu acho que quero te fazer feliz". Mas, não importa de onde a coragem veio, o que importa é que eu disse e isso foi o primeiro passo para eu realmente tentar te fazer feliz. E eu tentei... por Deus, eu tentei.
Aqueles dias em que conversar uma com a outra era o maior prazer já sentido na vida, aqueles dias interminaveis, ou aqueles outros dias em que uma ou outra tinha compromissos e não arrumava tempo necesssario para conversar. Dias cansativos aqueles que passamos sem uma palavra a ser dita. Dias torturantes naquela tua viagem de férias, no qual eu perdia por dias o contato e só eu sei como era torturante e de tamanha dor. Havia dias que eu não desejava sair da cama, então ficava assistindo tv, escrevendo, escutando musicas... tudo pra ver se preenchia de alguma maneira a falta que eu estava sentindo.

Mas, a falta não passava, sabe? Agradecendo por existir as "mensagens", não é?
Era estranho porque só de um "Bom dia" teu, já conseguia me alegrar de uma maneira gigante.
Só nós sabemos o que passamos por conta de tua família nos julgando de alguma maneira, terrível - digamos assim. Tua avó que por vezes impedia o nosso contato e sofremos juntas. Eu disse que não ia ser fácil, meu amor. Eu com meu jeito super torto tentando de alguma maneira te confortar, nunca soube... consegui?
Já te disse que eu morria de ciumes dessa tua viagem de férias? pois é. É ver você saindo todos os dias e eu não estar lá pra te acompanhar. Mas, como sabe, nunca disse e me controlei o máximo que pude.
E aquela vez que aquele teu antigo "caso-de-amor" voltou e começou a me perturbar com historinhas de que ia te conquistar de volta e que te amava. E isso continuou por dias-dias-dias... E eu não sabia o que fazer. Sabe o meu medo maior? Ela já te conhecia, ela sabia como te conquistar... pois ela já havia te conquistado uma vez, uma segunda vez não é tao difícil. Ela sabia do que você gosta, de tuas manias e manhas... eu não poderia competir com ela, não podia... eu me tornei impotente por dias, sabe? Chorei por dias também. Porque, de alguma maneira eu me imaginava a cada amanhecer que você poderia vir me dizer que ela era melhor, que não era tao apaixonada por mim assim.
Tive dias terríveis também, eu sei. Eu te perturbei com minhas poucas palavras e venho por meio desta pedir perdão. Perdão, de verdade. Eu não sabia como não te colocar no meio dos meus medos e de minhas duvidas. Você com aquela mania de sempre querer saber como eu estava me sentindo, não era bom. Que você saiba agora que para os outros eu sempre vou estar bem. É o meu jeito e sei que foi difícil pra você aceitar como tal.
Mas, sei do teu esforço. E lhe admiro, do jeito simples... foi por isso que me apaixonei.

Quando você me ligou pela primeira vez, eu preciso dizer que surtei? Porque... eu lembro de estar encostada na parede com meu cobertor predileto e pensando "Ela... ela poderia me ligar" E, porra... você ligou no exato momento e por mais que eu quisesse aquilo, eu não esperava. Eu lembro da sua voz calma e baixa do outro lado da linha e eu com minha voz tremula sem ter o que falar. Ok, nos falamos pouco mesmo, mas me lembro que minha mão suava e tremia e eu nunca soube explicar este efeito louco que acontecia todas as vezes que você me ligava.
Lembro de sair de casa e querer topar com você em qualquer esquina, lembro da vez que você me mostrou a primeira musica, aquela "Oxygen" que ficou por meses em minha memoria, hoje já não sei mais cantá-la. E as outras musicas que vieram um tempo depois. É aquela coisa de tudo que fala de amor, fala de nós. Era lindo poder ler Drummond e lembrar de você. Drummond tem aquela coisa de saber falar de amor como qualquer outro e eu acreditava em cada uma daquelas palavrinhas.
Aquela vez que eu li sobre almas-gemeas e logo em seguida você me ligou e eu pude lhe contar a historia de almas-gemeas e dizer que você era a minha. Mas, você disse em seguida que eu não poderia ser tua alma-gemea porque elas vão embora e você não queria me ver partir.
Não quis mais ser aquela tua alma perfeita. Quis ser tua, apenas.
Eu lembro que eu ainda tinha meu pai que me acompanhava nas minhas loucuras por amor, nas minhas falas românticas em pleno jantar. E, que foi com ele que planejei toda aquela minha correria para registrar uma estrela pra você, foi maluquice, eu sei. Mas, o que a gente não faz por amor não é?
E, contar isso pra você, foi maravilhoso. Porque notar mesmo que por telefone aquele teu sorriso e tua voz manhosa e tuas lágrimas caindo de emoção, foi como ver o mundo mais perfeito bem de perto. Meu coração se encheu de uma paz incrível que eu praticamente não sei explicar. Eu sei que eu sempre tive essa necessidade de te ligar e ter algo a dizer, não pra ter aquela conversa casual de todo casal.
Com o tempo eu percebi que todo casal preciso de uma ligação só pra jogar conversa fora ou pra ter uma dr, talvez.
Ninguém vive só de momentos felizes... nosso amor não seria uma exceção.

Se comprei a aliança cedo demais, não importa. Foi o momento certo pra mim. Eu sou rápida nestes assuntos sabe? Talvez seja por isso que sofro de antecipação.
Lembra de quando te pedi em namoro? eu não conseguia dizer a famosa frase, mas... quando você ia desligar eu disse e pude notar mais uma vez seu sorriso. - "Aceita ser minha namorada?"
Acho que ainda posso escutar o "aceito" do outro lado.
Desculpe essa minha necessidade de dizer que te amo a cada minuto que passa. Parece nunca ser o suficiente.
Se lembra do primeiro texto que fiz pra você? Ainda o tenho e ainda o leio quando perco o sono.

Vieram muitos textos depois daquele, não é? Não tenho todos, alguns eu achei terríveis e acabei jogando no lixo.
Das vezes que você se fechava demais e não atendia nenhuma de minhas ligações. Meu bem, você não faz ideia do quão era difícil pra mim. Porque você não me dizia que queria um tempo pra você e eu não tenho bola de cristal para adivinhar. Sim, por vezes eu me culpei por você estar daquele jeito, sem falar nem meia palavra comigo.
Quando realmente passamos pelo primeiro momento difícil, onde não conseguíamos trocar uma frase sem farpas contra a outra. Palavras eram facas e elas me feriam vez ou outra. Aquele teu jeito de "não estou ligando pra porra nenhuma" me torturava e eu não conseguia mais continuar te vendo daquela maneira.
Lembro de você ter falado depois que as pessoas sempre te deixavam nesta tua época de "não quero saber de ninguém" Mas, você sabe porque eu fiquei, porque eu fiquei aguentando cada uma de suas palavras dolorosas, aquele teu silencio perturbador e o mês que eu não escutei um "eu te amo". Você sabe porque...
Porque eu te amo, e acho que realmente este amor me fez ficar e é por isso que ainda estou aqui.
O porque eu ainda estou aqui por você. Com você.
O ciumes. Ah... o pior de todos, não é? Se tive ciumes foi por apenas aquela mulher do começo da carta, sim a mesma pela qual você se apaixonou em tempos atrás.
Você, com este teu jeitinho de meiga guarda um ciumes eterno de mim, não é? Perdoe se o provoco, mas eu não faço por mal. Juro. Eu tenho este jeito mesmo de querer fazer bem a todos. Perdoe-me se acabo dando mais atenção aos outros. Eu sou idiota...
Eu a amo, até com este teu ciumes que te faz querer desligar o telefone na minha cara e nunca mais me ver.
Você sempre volta, graças a Deus que você volta.
Tivemos momentos de "in love" foram dos que mais me lembro. Se me esqueci de algum, me perdoe.
De todas as ligações ficaram a vontade de um eu te amo sussurrado ao ouvido antes de dormir.
De todas as tatuagens ficaram a vontade de um corpo a corpo que fizesse arrepiar.
De todo amor que eu te dei... ainda tem muito mais.
Lembra quando eu fiz a tattoo de "ma moitié" a pouco mais de um mês e eu fui tao feliz te mostrar e você disse um "eu te pedi pra não fazer..." Você não sabe mais cada palavrinha desta frase me doeu. É, frase simples mesmo... mas, um "eu te pedi pra não fazer" indicou que algo estava errado em nós. Você já não era mais a mesma, só eu não vi. Nossas conversas já eram sem sentido e as ligações já não existiam mais. E eu a cada segundo mostrando estar presente já não eram mais suficientes pra fazer este namoro durar.
Chegando a data do meu aniversário, eu senti que sim algo estava errado mas, cerrei meus olhos não ver o obvio. Não... eu não queria ver o nosso fim ali tão perto.
E você disse coisas que me magoaram profundamente pra depois dizer que era uma simples brincadeira pra fazer uma surpresa de aniversário. Você pouco sabe, mas naquele dia eu me senti a pior das pessoas, falando sério. Eu lembro de cada segundo de lágrimas e a dor de cabeça de tanto chorar. Até que chega uma mensagem tua dizendo pra eu ver uma coisa que escreveu em meu blog... Eu sorri, confesso que sorri muito. A cada palavrinha e por lembrar de uma frase que dizia "toda aquela promessa de amor eterno e envelhecer uma ao lado da outra vai ser cumprido."
Eu não lembro mais quantos dias nos falamos depois disso...
Lembro de você passar mais de uma semana sem dar uma noticia, sem responder nenhuma sms, nem dar qualquer sinal de fumaça. Você não sabe o quanto foi difícil pra mim. E nem pode imaginar. Lembro de ter ido para o trabalho vezes com os olhos vermelhos de uma noite mal dormida e sem animo pra responder qualquer pergunta que viesse aos meus ouvidos. Eu não desgrudava da porra do telefone por querer desesperadamente qualquer sinal teu. Mas, nada acontecia. Diversas vezes eu ia conversar com minha chefe e ela dizia palavras que me confortavam na hora mas depois isso passava e eu ficava pior.
E no primeiro instante que vi que você havia voltado eu fui com um sorriso tao grande pra falar contigo, eu estava no trabalho e tive que controlar cada uma de minhas lágrimas. Você, tão seca, tão estupida. E eu tão sem saber mais o que fazer diante de tal situação. Deixe ir... minha cabeça dizia... deixe ir.
Eu não lembro bem de suas palavras, eu não sabia se ficava feliz por estar falando contigo ou triste por notar que mais tarde tudo haveria um fim.
De toda aquela historia restariam as lágrimas.
Mais ou menos seis da tarde tudo teve seu fim, você disse tuas palavras ensaiadas e eu disse o meu "tudo bem, como você quiser" Só eu sei, o quão doloso foi aquele fim. Eu não saberia colocar em palavras agora, nunca vou saber. Nenhuma musica soube decifrar o nosso fim, nenhum poeta soube dizer da minha dor. Minha dor era pateticamente única. Porque por mais que doesse eu te queria comigo. Por mais que eu sofresse ter a causadora disso tudo pra mim seria bom. Qualquer coisa seria melhor do que nosso namoro ter um fim. Inacabado.
Eu ainda tenho uma mensagem que dizia "isso não é nosso fim, é apenas uma virgula chata" Não, não é qualquer virgula, antes fosse. Essa, foi você quem a colocou e isso doeu sabe? Desculpe, você pode ver como drama, mas não é. Eu só quero te mostrar que não foi tao fácil pra mim como imagina.
Aí mudei de cidade, deixei emprego, família, tudo pra trás. Mas, vendo que não importasse o lugar eu não conseguiria ser feliz. Não o tanto que fui com você.
Em Jundiaí as coisas eram mais fáceis pra mim, eu sempre tinha pessoas perto de mim, meu padrinho que não me deixava um segundo, meu primo que não fazia pensar em você. Tudo se encaminhava pra te esquecer.
Mas, não é tao fácil assim entende? Nenhuma mulher do mundo conseguia me fazer sentir especial como você me fez.
Aí todo mundo me dizia que se eu sentisse tua falta era pra eu correr atrás e não deixar o orgulho tomar conta. E corri diversas vezes, dizendo que sentia sua falta e não recebia resposta alguma. E sim, aí começaram meus dias mais complicados. No natal em que eu te ajudei mesmo longe porque você precisava de mim, e me ver como tua amiga foi difícil, porque eu não imaginava que eu só ia ser isso pra você...
O ano novo em que faríamos seis meses (não sei) de namoro e não recebi nada e que só fiz besteiras pra me desfazer da vontade de você

E eu não estava mais conseguindo me controlar com as bebidas, drogas, mulheres... Eu estava mais uma vez naquele submundo que você me tirou. Você não sabe do quanto você me salvou de ser uma perdedora, você me salvou... da morte-vida. Se estava viva era apenas para existir e você me salvou de ser uma perdedora. Tem noção do tanto que dói pensar que a pessoa que te fez sair de uma desgraça, hoje já não está mais ao teu lado? Era assim que eu pensava. Mas, eu vi que só havia um modo de te ter de volta era sendo aquela mulher pela qual você se apaixonou.
Lembro que peguei um ônibus com destino a esta cidade de Minas, onde tudo começou, onde eu quis sumir... E a viagem toda não havia outra pessoa no pensamento a não ser você. Em como eu poderia te ter novamente.
E chegando eu vi que as coisas ficariam pior... eu não teria mais meu pai com o qual eu podia deitar minha cabeça e contar como está sendo difícil esta luta sem a mulher que amo. Sem minha mãe porque ela nunca escutou nenhuma de minhas dores. Eu já não tenho mais ninguém comigo e ficar sem você... é pior. Bem pior.
Eu lembro de encostar minha cabeça na parede e deitar na cama toda encolhida e ficar lembrando de cada conversa, cada risada, cada momentinho único que me fez escrever esta carta. Lembro de chorar toda madrugada porque ficar sem você era terrível, sem tua voz e até mesmo teu silencio me faria bem. Eu não sabia mais como continuar. Nenhuma conversa me satisfazia porque eu queria você. Eu lutei tanto contra essa vontade de correr atrás e te pedir pra voltar, eu lutei tanto pra estas lágrimas não cair mais, eu lutei pra não te querer. Como vês, foi inútil porque eu ainda estou aqui, escrevendo mais um texto, chorando as mesmas lágrimas.
Sim, nós voltamos. Mas, eu só queria dizer que ouvir tua voz me salvou mais uma vez, me fez ver o mundo novamente. E só estou com medo, espero que entenda que este medo não é ruim. Só que está me impedindo de transbordar amor como antes. Eu quero que este medo passe logo e que eu posso te dizer tudo que ainda está entalado na garganta.
Não some mais, não me abandona sem dizer nada. Não volta só pra dizer que não quer mais...
Eu amo você e espero que cada lágrima que cai agora seja um sinal de que as próximas lágrimas que virão será com o significado de que algo lindo chamou minha atenção.
Eu amo amar você e espero que saiba disso.

Um vazio se vai quando você responde com um "eu te amo também" do outro lado da linha

Que seja eterno o agora. O Nós. O amor.

Um brinde ao nosso amor, que renasceu das cinzas e viverá para sempre e sempre.


Da mulher que nunca deixou de ser tua, Paula.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Um gosto de amora fincou na dor

Tudo bem que eu pensei em dizer "Não, não quero voltar" Mas, a saudade e necessidade de sentir meu coração calmo outra vez foi maior. É claro que tenho medo, tenho muito medo de acabar novamente.
Escutar sua voz mais uma vez foi como ver o céu de tão perto. Ok, eu não esperava por aquilo, você não me deu pistas de que voltaríamos e eu não pude raciocinar com clareza.
Perdoe-me se estou parecendo que estou arrependida. Não estou, eu só queria te dizer que estou com medo.
Como uma criança com seu primeiro amor, entende?
Não, eu não quero ser tão clara com as palavras como você sempre me viu sendo. Vou ser eu, como você deve conhecer. Essa minha escrita barata e fodida. Esse meu jeito de não saber se fico ou se bato a porta na tua cara.
Não sei.
Olhe minha mulher, eu te amo muito. Mas, a cada eu te amo dito eu lembro do dia que você disse não me querer mais. Eu passei exatamente um mês esperando por um sinal teu, qualquer coisa me faria respirar tranquila. Tive dias de insonia e de ressaca. O bar de qualquer esquina era de estoque de bebida barata e a vontade de deixar esse meu amor por você sumir. Mas, não sumia. A bebida me fazia chorar por vezes, nunca deixei de te querer. Nem naquela vez que transei com uma mulher só porque ela parecia com você. Vomitei de nojo... ela não era você.
Quantos cigarros fumei na vontade de ser tua. Nem a droga mais forte me fazia deixar de desejar teu corpo nas minhas noites mais frias. A noite de natal foi a tortura mais forte, é querer entrelaçar as mãos e não receber nem o vento mais frio na pele. Em nenhum segundo eu parei de pensar "o que ela está fazendo? será que sente minha falta?" Me chamaram de idiota por te querer tanto, por você estar fodendo com qualquer menina por aí e nem lembrando de meu nome. Eu não sei, algo sempre me fazia voltar pra casa e pedir pra Deus cuidar de você. Eu cuidaria se você deixasse.
O gosto da minha boca era o pior, bebida, cigarros e a vontade de você. Minha pele muitas vezes regada a suor em qualquer cama mas, o pensamento lá em você.  Me fiz de gato e sapato pra ter você de volta. Eu quis ajoelhar aos teus pés e implorar mas, meu orgulho não me deixava.
Eu quis ser tua por todo aquele mês, eu quis o teu calor a cada minutinho do dia.
As putas não satisfaziam mais minha vontade. Eu queria você, amor. Só você me tem por inteira e conhece essa minha passividade e vontade de ser amada.
Essa minha cara de quero apenas te foder é faxada, você sabe.
Porque só você foi capaz de me desvendar e me abrir, você me olhou de forma diferente e me amou. Então, por Deus... não me deixe novamente.
Sei que voltou e então fique de vez, largo o cigarro e a bebida, como direitinho a comida da mamãe, não provoco mais teu ciumes e paro de vagar por aí sem rumo.
Me ame para que assim eu possa te provar o tamanho do meu amor e o desejo que sinto de ser apenas tua.
Eu amo você.

Banalidade e seus acasos

Caio Fernando vivia me mostrando que de uma transa banal eu poderia encontrar aquele amor barato, que divide um conhaque de bar de esquina mas que poderia me foder como ninguém.
Me iludi com Tati Bernardi dizendo que eu encontraria o amor da minha vida na fila do super mercado, mesmo com a melhor transa da minha vida. Amor de fila de pão não acontece.
Tão banal.
Convenhamos que se eu tivesse que escolher a palavra de alguém pra acreditar seria o saudoso Carlos Drummond... Ah, quantas maneiras clichês de dizer que alma gemea existe. "Quando seus olhos brilharem... você encontrou o amor de sua vida" E aí pra tudo os olhos brilham...
Eu sou banal e acredito no amor em cada esquina, disso poeta não escreve. Poeta sonha com o mundo que só ele conhece. E aí... com quem vou descobrir o que é o amor?
Charles Bukowski que era sábio, preferia as putas... só elas seriam dignas de uma boa foda, você se apaixona  e ela vai embora com a bunda empinada e deixando vestígios de seu suor pelo lençol. Charles já dizia que amor é pra quem pode.
De todo o jeito, seja pelas putas, o cara do super mercado que tem aquele sorriso de lado, aquele filha da puta que transou só pra pegar seu dinheiro enquanto você dormia achando ser a maior transa da tua vida, aquele cara que vai te foder e te jurar amor eterno... mas, vai querer te matar depois.
Ah... tem aquele galã da novela das oito com sua barba mal feita e seu cabelo penteado para o lado. Tem o seu vizinho que espera você trocar de roupa em frente a janela.
E do amor... quem é que fala? quem é que entende? quem que já o viu e conseguiu por em palavras?
Das putas e dos canalhas nós já sabemos.
Mas, do que Drummond falava... nunca ouvi, nem comi... Eu só ouço falar.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Mas, mãe..

Nesta manhã minha mãe me fez prometer que eu não iria mais chorar. Que este ano seria o ano em que eu faria tudo o que fosse certo para o meu coração. Que nenhuma mulher neste espaço de mundo me faria descer do salto, chutar o balde. Minha mãe pediu para que eu fosse feliz.
(...)
Mas, mãe... eu não posso ser assim. Perdoe pela minha maneira torta e boba de amar as pessoas. Perdoe por eu sempre bater na porta de tua casa pedindo um abraço. Desculpe por eu ser assim tão "acumulada de sentimentos - que explode"
Perdoe-me!
Sei que teimo em aparecer em tua casa com os olhos cheios d'água e me calar diante de tanta aflição. Tenho uma certa ideia de como se sente vendo tua filha assim, jogada aos pés de outra pessoa em busca de um - talvez fabuloso amor.

"O amor nunca chega, mãe... nunca"

Eu estou tão cansada mentalmente que nada chega a fazer sentido nestas noites, não sei se quero bater a porta na cara das pessoas ou se quero me deixar levar por elas. Eu não sei se seria uma boa ideia ser feliz - agora- é cedo demais e eu talvez não saiba lidar com tamanho sorriso a brotar. Talvez, mãe, eu seja feliz sendo assim. Me entregando demais. Meu jeito torto de amar é tão completo quanto um sorriso que venha. Teimo em dizer que um sorriso dado em meio a lágrimas consegue ser mais verdadeiro do que uma gargalhada ao escutar uma piada.
Aquele no meio das lágrimas e como um renascer das cinzas, a tal esperança brotando e mostrando seu lugar.
Eu quero renascer das cinzas, mãe. Eu quero estar no chão para assim poder subir. Eu quero perder a noção de espaço para crer que estou em lugar propriamente dito pra mim. Eu quero perder o dom para poder dar valor. Quero desamar para poder amar novamente - quantas vezes for preciso.
Eu quero desaprender a andar e aprender sozinha.
Eu quero saber o quanto dói perder um abraço para sentir segurança em meus proprios braços.
Eu quero desabar para me afogar em teu colo.
Mãe, eu quero ser feliz, sim. Só que agora não dá. Eu não consigo, entende?

Desculpa, mãe. Desculpa (...)

sábado, 7 de janeiro de 2012

Semana que vem

“Suas unhas cravadas nas minhas costas, o sussurrar criando sinais ao pé do meu ouvido, o arrepio iniciado com as palavras de desejo. E a intensidade latejando pra ser sentida.”
E se tudo começa por um olhar, direi que começou com o desejo que vi no teu. E tudo em você me queria e tudo em mim te desejava - muito mais.
O corpo assim um ligado ao outro, juntos - colados. Sendo um só, e seria muito mais…
Arrepios, palavras, frases incompletas terminadas com um sussurro que me dizia - “Vem comigo, o hotel é logo ali.”
Ah mas, logo eu que esperei tanto por teu corpo presente, tua nudez que de hoje em diante será minha preferida e única. Eu não poderia perder você assim, toda me querendo e eu toda te querendo também.

Tua boca assim toda no encaixe perfeito, sincronia mais que sincronizada. Eram nós assim nos entrelaçando e desejando mais perto, mais quente. Mais, muito mais.
Sem intervençoes dessa vez, me deixa te sentir que depois me sentirás também.
Sinto o gosto dos teus lábios que nessa noite estão mais doces que o normal, não sei se é o vinho ou se é algo teu que eu não ainda não havia conhecido.
Você sempre teve aquele calor natural, mas hoje você está fervendo amor, o que houve? Tenho que parar de falar não é?
É que tamanha ternura em momentos como esse, é quase um pecado…
É um pecado te ver assim dançando com seus passos leves até a cama e assim me chamando pra ti, mais perto. Sempre mais perto.
“Me sinta, me toque, me leva pra longe que hoje eu não quero dormir.”
Que leveza essa tua de me deixar toda assim, feito lobo querendo carne, querendo-te.
Pois então venha, que essa noite tu és minha. Minha carne, minha pele, meu eu.

Tua lingua enrosca na minha e faz gosto disso, me provoca pois sabe que estou fraca demais para reagir. Paro levemente de te beijar e tu me olha nos olhos como se eu tivesse feito uma maldade das piores. E provoco, fingo que vou embora e não vou.
Me levo para teu queixo, com mordidas que sempre quis dar. Te sinto arrepiar. Te olho nos olhos mais uma vez e você dessa vez está de olhos fechados se permitindo sentir.
E paro e fico por entre teu pescoço, nuca e mordisco por ali. Me perco por entre curvas tão situadas em você. Coisas maravilhosas de se apreciar.
E você me diz para parar de provocar. E é aí que provoco mais. Mulher, não podes fugir…
Da nuca eu não te viro, fico por entre tua coluna dando beijos interminaveis. E paro mais uma vez te virando pra mim. Te olhos nos olhos e mordo teu lóbulo. Peço para seres minha, de uma vez.
E me vejo caminhando e tropeçando nos moveis de vontade. Chegamos a cama. Enfim juntas, é isso que penso.
Sua nudez sendo a sombra da minha. Teu corpo em tamanha perfeição me faz suspirar te desejando muito mais que essa simples noite.
Pescoço, minhas unhas começam a descer por tua lateral te fazendo sussurrar entre os lábios agora conectados. Abafados.
Beijos e leves mordidas por entre teus seios e paro por ali, mas sei que você quer mais que isso.
Você crava tuas unhas na minha coluna e com isso meu corpo contrai mais contra você.
Eu me vejo logo cheia de pecado e vontade para entre tua cintura, minha unhas fazem um caminho até lá e meus beijos por sua lateral abrem caminho para sua vontade.
E você abre os olhos e morde os lábios. Mal sabes que isso me atiça, mulher.
Tuas coxas se abrem para mim, e eu faço gosto disso. Você é minha e sei que quer isso a muito tempo.
Fico por entre ali, e te olho as vezes e quase te vejo ser minha de vez. Mas sou maldosa, sinto dizer. E paro e volto a te beijar, dessa vez tu me morde e tem fogo nos olhos.
Nossos sexos enroscados afim de nos deixarem bambas. E ficamos ofegantes e te sinto sussurrar algo em meu ouvido.
E se escuto bem te digo te volta “eu te amo, meu benzinho.”
E se foi minha hoje em tantas outras serei tua.
E você dorme como um anjo, mas te aviso que logo vai amanhecer. Se já minha vida se enche de cor.
Nos seus olhos mais calmos e ternos me vejo adormecer, com corpos dotados de pecado e desejo - ainda, no fim de nossas noites.
Sorrisso teu que me enche o dia.

E tu sabe mulher, seu gosto, sua pele, suas marcas ficarão em mim por muito muito tempo.

“Quando sair do banho, volte para cama. Te espero””

Vida e Morte


(...)
De nosso (des)amor

Nostalgia...






sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Apenas, uma carta informal - até demais.

Para a pessoa que fez(faz) meu mundo girar - em torno do amor, grandioso e intenso. Amor.

Só quero que comece a ler esta carta e consiga sentir que essa veio da alma, do coração que clama demais pelo teu maior sentimento. Quero mesmo é que me sinta escrevendo.
Fique com os olhos fechados um pouco agora.
O que você vê? Nós?
Agora abra os olhos e pensa que eu estou aqui fazendo mesmo.
Meu coração disparou agora… é por você.
Sinfonia todinha tua esse tom sonoro do meu coração.
Toda sua minha falta de respiração.
Tudo teu…
Venha, com teus olhos fechados e com teu maior coração aberto pra mim.
Eu sempre te amarei. Nunca esquecerei…

E como disse essa é só mais uma carta que vai ser entregue a ti. Mas a diferença é que nas outras eu sempre fiquei de falar algo e “deixei pra lá”. Agora, eu vou tentar e por em infinitas linhas tudinho que você causa em mim. Efeitos colateriais, sem lado ruim.


A-m-o-r, descobri o que significa, viu? É teu nome, aquele nome que a gente não vê por aí todo dia, tua face de “preciso de carinho” me encantou e me encanta a cada segundo que imagino perto de mim. Tua voz que por mais que você teime em dizer que é feia, eu vou continuar a achar a voz mais linda que me foi entregue. Tuas lágrimas doces que morrem em teus lábios com meu nome. Teu coração que dança e pula é a melhor coisa que já foi minha. Você, ó… V-o-c-ê. Eu te quero tanto, é muita coisa que não cabe aqui dentro mais. Tá me sufocando e eu não quero te perder.
Tá certo que você disse que pode sim viver sem mim, só não quer. Mas olha só ein, eu não posso mesmo viver sem você, ia ser a pessoa mais incompleta que existe. Sério. Como imaginar meus dias sem aquela pontada no peito logo que acordo pensando em como você está, passar o dia todo olhando o relogio para que o tempo passe rapido e que eu possa te ligar. Como ficar sem teu boa noite, seus dramas e manhas? Tá vendo? eu não consigo, não.
Nunca solte da minha mão.
Segredo: Tenho cinco fotos que revelei - tuas. Durmo com uma embaixo do travesseiro, outra ao lado dos meus livros prediletos, outra dentro da minha bolsa, dentro da minha caixinha de cartas e a ultima sempre fico em mãos. Pra não perder de vista nunca, sabe?
Eu me sinto tão feliz por ter te encontrado, de verdade. Nunca senti uma felicidade tão completa na vida. Me enche de esperanças a cada dia, me encharca os olhos de saudade e me aperta o peito se você ficar brava comigo.
Eu preciso me desculpar por algumas coisas: por sempre dizer sem querer nome de alguma pessoa que você não gosta, por meu ciumes catastrofico, quando meu tom de voz fica alto demais, por ter de alguma maneira te decepcionado em algum momento. Perdão.
Eu não penso muito pra falar, entende? Mas depois que desligo o telefone boto a mão na cabeça em sinal de reprovação, por ter falado algo errado…
Acho que sempre te amei mesmo.
Mesmo antes de te conhecer, de alguma maneira eu sempre soube que alguém esperava por mim. E você de alguma maneira sempre soube que alguém esperava por você.
Vou te contar algumas coisas: eu sou curiosa até demais - acho que já deve ter notado, faz quase uma semana que não choro mais - milagre?, falo com você no telefone com a mão ao lado do coração e de olhos fechados - pra quem sabe te sentir mais perto, eu escuto a maior parte de tudo que falas ao telefone - repito “hã?” só pra ouvir de novo aquele seu tom de voz, amo suas manhas - principalmente quando ligo de madrugada e seu tom de voz tá baixo demais, o nosso silencio é uma das coisas mais deliciosas que existe - quer dizer que nos amamos, passei a pintar minhas unhas de preto todos os dias até o dia que eu te ver - é uma promessa, queria te ver usando a aliança que comprei - vai ficar linda, todos os dias o medo de que você venha até mim e diga “eu encontrei alguem mais perto de mim” me atormenta - morro de medo mesmo, fico rindo feito uma idiota só de lembrar de alguma conversa nossa, o amor que sinto aumenta a cada dia - sem mentiras, gravo todas as nossas ligaçoes e quando sinto saudade - escuto tudo novamente, eu não vejo graça nas outras pessoas - nenhuma dela é você. Mas a coisa mais importante que quero dizer é que - você ficaria linda com um vestido branco, comigo ao lado e a nossa frente o padre e ao fundo a nossa musica com meu filhote trazendo as alianças e você dizendo sim pra mim e eu com o sorriso mais lindo que eu puder dar. O meu melhor sorriso é teu, os meus melhores beijos serão teus, o brilho dos meus olhos vão sempre remeter ao teu olhar - doce olhar, os batimentos do meu coração vão apenas ecoar ao mundo o meu amor por você.
Alguns milhares de km nos separam não é mesmo? pois é. Mas isso não diminiu nem um pouco o que sinto, sei que quando eu chegar aí vamos ser regadas a sorrisos, abraços - voce me apertando loucamente, e lágrimas.
Lágrimas, oh Deus… como você fica linda quando chora de emoção, sua voz fica mais suave e sua respiração chega a falhar. Como você já deve imaginar “estou chorando agora” - mais uma vez.
Que ironico alguém perguntar - “O que você fala com sua namorada por telefone?” e eu responder - “bom, eu a faço chorar” Ironico isso né? Mas é verdade, né mô? É que toda vez que vou te ligar meu coração bate mais rapido até que você atende com um animado “Oi amor” e eu automaticamente dou meu melhor sorriso. E aí o silencio nos bate e eu resolvo te dizer as milhares coisas que eu amo em você, e falo falo falo e logo você diz que tá chorando e aquilo aperta meu coraçãozinho que nem sei com o que comparar. E você diz que não é de tristeza. Ah, amor eu quero tanto te fazer ‘eternamente feliz’.
Lembra que eu te disse “acho que quero te fazer feliz”? Ainda tô fazendo? Ainda consigo ser o motivo do teu amanhacer, anoitecer e dos teus sorrisos? Espero que sim… Porque olha, se um dia sequer eu ousar em te fazer chorar de tristeza eu mereço sim o pior dos castigos. Não se pode te fazer chorar, entende? Eu não quero ser o motivo do teu (des)gostar e (des)amor. Não quero não.
Então me diga quando eu fizer algo errado, brigue comigo e me mande calar a boca. Não fique em silencio.
Não sei se ficou algo sem dizer, se ficou logo eu te digo ao telefone.

Feche os olhos novamente
(sorria)
(alegre-se)
(me sinta)
(me sonha)
(me ame)

Abra os olhos
(fale)
(brigue)
(bate)
(abraça-me)
(beija-me)
(me ame)

Amor, eu sou terrivelmente desesperadamente amante do teu amor. Eu quero e preciso de ti aqui comigo.
Eu te amo.
Eu
amo
o
nosso
amor.

Casa comigo?”

A carta que não enviei I

Amor, eu não consigo falar contigo né? Estou com saudades. Estive com febre nesta noite, o medico disse que não era nada demais. Deve ser da saudade de sinto.
Tenho tantas novidades, estou diferente. Acho que vai gostar de quem sou agora;
As pessoas já notam minha diferença, meu bem! Gosto de quem sou, e vai durar. Ah… fiz isso tudo por você.
Você pode ficar meses sem falar comigo, e eu vou continuar aqui a te esperar.
Meu coração nem se aperta, viu? Aprendi a esperar e ter calma.
Meu caminhar esta mais bonito agora.
Você não atende minhas ligaçoes, nem minha sms’s.
Tenho noticias não muito legais também. Mas isso a gente resolve.
Estive em Goiania esse fim de semana, uma coisa rapida, uma reunião breve. Quase apareci no teu predio. Mas, pensei que seria idiota. Você não poderia me ver.

Como está? Espero que bem!
Meu coração continua sendo teu, está aqui lhe esperando.

Volta logo!

Eu te amo!

Um beijo!

Paula.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Grandiosa és tu;


Que me invande o peito e o faz chorar. 
Que me perfurou e me fez virar serpente sem veneno.
Que me fez virar refem de tua posse.
Que me fez te amar, te doar.
me doer (…)

Esperança em copo d'agua


De imediato estranhei essa preocupação toda com o meu olhar. As pessoas andam me parando na rua apenas para me dar bom dia.
Estranho - eu penso dando meus pulinhos pela escada.
Existem aqueles que param para me olhar com mais calma.
Existem aqueles que ainda se prendem ao meu passado de “dor” e que acham que sou apenas mais uma perdida interiormente - falando.
Me param na rua e perguntam
- que brilho é esse, mulher?
Estranho.
Acho que estou mais limpa, digamos… interiormente. Alma clara.
E acho que as pessoas notaram isso no exato instante que meus olhos voltaram a brilhar.
Sorri, por estar me sentindo assim.
Sorri, porque as pessoas voltaram a ver amor em mim.

No boteco e a saudade de Ana.


Ana,
Sou só lamurias nesta tarde da noite. A lua está tão linda mas, me ponho a chorar por ter te perdido.
“forever” você disse.
Eu me coloquei a acreditar.
Ana… do véu, do céu, do meu céu. Do mar… mar cheinho de amar.
Ana… da cor, da dor, temor. Ah… Ana.
Pra que tantas promessas se sabia que ias enjoar do meu jeito torto de me doar?
Pra que tantos eu te amo pelas madrugadas se sabia que era errado me atormentar de amor?
Chega de “pra que’s”
Me coloco a escrever, em papel manchado, papel amarelo. Pego minha maquina de escrever e meus dedos ficam dormentes e pedem uma pausa. Não consigo. Fiquei meses sem escrever algo pra você. E agora o nada se tornou mais do que necessario. Fez-se tornar tudo, tudo chato-sem graça-sem-você-aqui.
-
Deus, como eu queria colocar teu nome mil vezes nesta carta. Mas, até teu nome me tortura, amor.
Amor? Eu ainda teimo em usar essa palavra.
Que sejas…
Me diga, em quem vou buscar forças pra seguir mesmo com os joelhos doendo de tanto implorar?
Diz… o numero de quem vou discar e ficar olhando o nome na tela do celular e desistir de ligar porque você poderia estar dormindo? A voz de quem vou escutar quando estiver perto da hora de dormir? No coração de quem vou viver?
-
Eu disse que não ia fazer dramas. Afinal, você disse que sou homem com cara de bravo.
“bota medo em qualquer mina que aparece aí” Seu deboche ainda ecoa em meus ouvidos.
-
O jeito que só você tinha de fazer o canto dos meus labios esticarem o meu mais belo sorriso. Aquele que não sei dar pra mais ninguém.
Minha boca engole seco o gosto de teus beijos. Minha pele arrepia de vontade do ultimo abraço.
Do ultimo Adeus.
-
Tudo parece mais complicado agora, Ana. Você se foi e me deixou aqui. Jurou nunca ir e se foi da maneira mais cruel e doentia que alguém já fez.
-
Se eu fosse dar votos de uma vida feliz agora, seria apenas um “vai e não volta. Se me amasse ainda estaria aqui.”
Minhas mãos estão atadas, cruzadas em sinal de pedido ao céu.
Ajuda papai do céu, ajuda…
-
Você não está mais aqui. Se desejas ser feliz, que seja.
-
Que seja gozo em corpos que pensará ser o meu. Abrirá os olhos e não estarei mais ali.
Que seja intenso os beijos que passarem por teus lábios. Abrirá os olhos e não estarei ali.
Que seja penoso essa tua espera. Abrirá os braços e não estarei ali.
Que seja corpo agora, o nosso era alma.
Que seja… contente pela escolha.
-
Encontrará em outras peles o que o meu não foi suficiente.
Encontrará em outro coração o que do meu você tirou.

Do homem que por mais que tenha escrito palavras doentias, tem um coração que te espera.
Você disse que nunca irá me esquecer. Apenas, acredito agora.
Eu ainda te amo.
Até um dia, quem sabe.
Do eterno-sempre-teu
João.

Lamentos a Ana.


Senhorita, Ana.
Dona do meu peito que arde e cansa de lamentos-ditados-na-madrugada
Não lhe chamo mais de amor. Cansei daquele eterno jogo da saudade. Cansei daqueles segundos que meu coração batia rápido demais por pensar em estar contigo - mais uma vez, pra sempre.
Você disse que não aguenta a carga pesada de me namorar e que não sabe me cuidar. Ana S, me digas… é tão complicado assim colocar teu olhar sobre o meu? É tão negativo assim essa minha maneira de pedir carinho?
É tão doloroso essa carga de aguentar minhas intensidades de pecado?
-
Andei colocando nossa aliança no dedo e começa a chegar as lembranças de noites que implorei pra ser teu. Das madrugadas que a insonia me pegou e eu fui pra cozinha tomar um café forte demais pra comparar com a saudade que sentia. Pegava a maquina de escrever e deixava meus dedos em carne viva.
“Nem ligo” eu começo a dizer de tres em tres segundos. Incessante essa minha mania de implorar teu sentimento mais “covarde e louco”
E grito que não posso e não quero mais.
E sussurro entre as noites frias e corpos nus que queria te ver.
E grito, bato, chuto o balde, abro a janela e pego resfriado.
“Olha o que o amor banalizado fez contigo, homem de deus…” minha vizinha diz isso a cada dia.
-
As pessoas devem estar fechadas, ah não estou tão dolorido assim.
-
Você disse que ia se casar comigo, que teriamos uma filha e eu seria o homem que cuida da casa. Você costumava fazer planos e dizer que sentiria saudade do caminho da casa pra faculdade. Costumavamos viver na mesma sintonia, no mesmo batimento cardiaco e tudo mais.
-
Desculpa, mas aquele velho clichê de vamos dar um tempo… bem, é clichê. Não é?
Lembro-me bem das vezes que quem pedia para dar um tempo era eu e você com ar de menina sábia me dizia: - Ah homem, pedir um tempo é um modo de termino. Mas, só que de um jeito carinhoso.
-
Que maneira mais idiota de terminar algo. Se termina… me deixe no chão logo de uma vez, me bata, me prenda. Acabe com tudo que deixou;
Agora, mulher… meio-termo já matou muita gente e esse homem que vos escreve será o proximo.
(…)
Adeus com gosto de até-logo
Do homem que costumava ser dono dos teus melhores beijos.
João.

Sindy...


“Quem diria que um dia eu sentiria temor apenas em rabiscar teu nome na primeira linha”
(…)
Uma semana e um dia sem você e estou assim… quase pronta pra me jogar na tua frente e implorar atenção.
Meu deus… 
Sei que você não que me ver, não quer meus sinais em tua mente. Me perdoe por eu ser assim tão metade sem você. Sabe o problema maior? Você me ensinou a te querer mais a cada dia e se eu estou aqui meio perdida… culpa tua.
Não vou fazer a “puta revoltada” contigo. Não por ter me deixado. Afinal, todos temos o direito de colocar o pé pra fora, não é?
Tu chutou o balde e bateu a porta na minha cara.
“Obrigada”
 Quando pensei em fazer o mesmo, dar o primeiro passo pro fim. Você me fez escutar teu choro do outro lado da linha, me fez pensar de novo e me mostrou o quanto ainda me amava. Me fez escutar entre soluços “eu te amo, não me deixe…” e não deixei. Disse que ia me amar pra sempre e que “nunca, never…” ia me deixar. Que se esse namoro acabasse seria por mim.
“Puta merda” (…) Olha só que avesso que virou, minha doce-amarga-ex-mulher. O avesso que viramos.
Por que tu fez isso?
Não estou me doendo por inteira, não. Mas, me ecoa na mente os por que’s… será que fez tudo isso por achar que sou melhor sem você?
Será que fez mesmo isso por que queria gozar em outros corpos?
Será que fez isso por que se apaixonou por outra pessoa?
“será que ainda sente minha ausencia?”
-
Será que ainda posso te chamar de amor?
Sinto sua falta, de verdade. Fui ver as estrelas e lembrei das nossas que registrei. Peguei a aliança e estou com ela em meu dedo… lembrei que ela estaria em seus dedos também.
Lembrei de quando eu te ligava no meio da noite e escutava tua voz toda manhosa do outro lado da linha.
De quando eu perguntei se desejavas ser minha namorada e dos nossos planos.
Dos nossos filhos que estavam por vir e de nossa menininha…
Da nossa casa e do meu sorriso junto ao teu.
Por que fez isso?
Por que não voltas a ser quem eras pra mim? 
Por mais que seja idiota, ainda te espero.
“forever” eu disse.
Eu nunca amei tanto em toda minha vida.
Volta?
Da mulher que clama por uma explicação.
 Da sempre tua, Paula.

Das tuas paixões blá blá blá


Mulher-moça, digo-lhe com o maior imediatismo - “Ah, estou um tanto quanto apaixonada por ti”
Diga apenas que sente-se lisonjeada com tal sentimento… não cobro nada de você não, moça. Um dia se torna reciproco, né?
“Não pode, não?”
“És apaixonada já?”
“Ah… mas, eu espero. Eu espero!”
(…)
Mulher, sei que me acanho e digo frases tropegas quase sempre. Mas, oh maneira boba que tenho de dizer que gosto tanto de ti. Tanto…
Eu disse que quero ser tuas mãos entrelaçadas no inverno mais frio. Quero fazer esse teu sorriso que tanto me ilumina viver para sempre. Quero amizade em meio a tudo. Que venha algumas lágrimas - de emoção “são bem vindas”.
Quero respirar contigo esse ar de poesia de boteco, de são paulo agitada, de calçada pequena… e nós grudadas num ato de puro companheirismo e carinho.
Quero mais… você. Caretas no retrato, sorriso besta em brigas de travesseiro. Quero mais… nós.
Quando disse “estou apaixonada” - digo: te quero, de um jeito ou de outro “eu quero”. Sem clichês, besteiras ao pé do ouvido e noites em claro.
Quero paz e bom-dia bem dado. Que a preocupação venha, mas que seja apenas para saber se dormiu bem.
Quero carinho e que este seja eternamente reciproco.
Quero nós na amizade, na cama assistindo filme ou no sofá esperando o sono chegar.
Quero mais…
Eternamente-apaixonada-mulher-moça
Eternamente te espero com todos os clichês que um escrito me permitir.
Da outra mulher-moça que te espera.
“sempre”

Se esvai...


As vezes você vai querer se jogar na frente daquela menina de cabelo curto e com cara de “bad girl”, vai querer dormir com ela pensando em estar dormindo comigo. 
Depois vai perceber que ela e nem ninguém esquenta sua batata da perna como eu. Ela nunca vai ser capaz de esquecer do mundo lá fora e querer apenas olhar fundo nos teus olhos. Ela não vai descobrir como é bom acordar e escutar cada uma de suas manhas e descobrir a felicidade por apenas um sorriso teu. 
Ela não vai te abraçar depois de uma briga e dizer “tá tudo bem amor, vai passar”;
Muitas vezes você vai querer sair e pegar todas naquela festa que teus amigos vão insistir para que você vá. E você vai com a intenção de achar a garota perfeita. Mas, nenhuma delas vai te encantar como eu. 
Você vai querer sair com aquela garota de cabelo enorme, nem magra nem gorda. Na medida para que teu tesão exploda e que a porra da quimica role de uma vez por todas. Vai querer a menina que não parece nem um pouco comigo. “Só pra variar”.
Vai beijá-la e perceber que ela não morde teu lábio inferior como eu. Ela não vai se entregar de corpo e alma para essa noite. 
Ela nem se quer vai entrelaçar as mãos contigo na primeira noite. Pra ela vai ser a tipica transa de uma noite. Você que sempre foi adepta a essa tal pratica hoje vê que as melhores noites que teve foram nossas noites regadas a pipoca e filme de romance. Eu chorando e você me fazendo cossegas por eu parecer assim tão sensivel e idiota.
Nossas noites em que você se entregava como ninguém na nossa cama. No nosso canto. Porque tudo era nosso, das musicas até os sonhos. 
Nenhuma mulher vai voltar depois de você bater a porta na cara dela e gritando aos ventos “suma, não te quero mais. “NUNCA MAIS” 
“nunca”
Eu sempre voltava, e te abraçava. Sei que você chora logo depois de gritar, que gosta de ficar sozinha - sozinha-comigo. Todo mundo precisa de momentos solitarios e você é o exemplo disso. Ninguém vai ser capaz de voltar depois daquelas suas crises existenciais. Aqueles momentos intermináveis em que não sabe se quer ou se quer-nunca-mais. 
Ninguém mais vai te acordar com uma ligação as sete da manhã. Ninguém vai acordar apenas para receber tua ligação de puro desespero só porque você teve um pesadelo.
Suas crises, medos (…) vão passar despercebidas. Tuas alegrias vão passar rapido pelos olhos alheios.
Porque só eu, meu amor. Apenas eu, fui capaz de notar este brilho no teu olhar, esse teu coração de menina-moça que tem medo de crescer e ver esse bando de pessoas abestalhadas que não sabem o que é o amor. Só eu sei deste teu medo de se entregar e que um outro alguém perceba que aí dentro bate um coração.
Ninguém vai ser capaz de te amar como eu. Ninguém ainda espera tua volta ansiosamente como eu. Depois de tanto tempo, esse alguém que vos escreve (…) te espera!