sábado, 14 de janeiro de 2012

Banalidade e seus acasos

Caio Fernando vivia me mostrando que de uma transa banal eu poderia encontrar aquele amor barato, que divide um conhaque de bar de esquina mas que poderia me foder como ninguém.
Me iludi com Tati Bernardi dizendo que eu encontraria o amor da minha vida na fila do super mercado, mesmo com a melhor transa da minha vida. Amor de fila de pão não acontece.
Tão banal.
Convenhamos que se eu tivesse que escolher a palavra de alguém pra acreditar seria o saudoso Carlos Drummond... Ah, quantas maneiras clichês de dizer que alma gemea existe. "Quando seus olhos brilharem... você encontrou o amor de sua vida" E aí pra tudo os olhos brilham...
Eu sou banal e acredito no amor em cada esquina, disso poeta não escreve. Poeta sonha com o mundo que só ele conhece. E aí... com quem vou descobrir o que é o amor?
Charles Bukowski que era sábio, preferia as putas... só elas seriam dignas de uma boa foda, você se apaixona  e ela vai embora com a bunda empinada e deixando vestígios de seu suor pelo lençol. Charles já dizia que amor é pra quem pode.
De todo o jeito, seja pelas putas, o cara do super mercado que tem aquele sorriso de lado, aquele filha da puta que transou só pra pegar seu dinheiro enquanto você dormia achando ser a maior transa da tua vida, aquele cara que vai te foder e te jurar amor eterno... mas, vai querer te matar depois.
Ah... tem aquele galã da novela das oito com sua barba mal feita e seu cabelo penteado para o lado. Tem o seu vizinho que espera você trocar de roupa em frente a janela.
E do amor... quem é que fala? quem é que entende? quem que já o viu e conseguiu por em palavras?
Das putas e dos canalhas nós já sabemos.
Mas, do que Drummond falava... nunca ouvi, nem comi... Eu só ouço falar.

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