quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

No boteco e a saudade de Ana.


Ana,
Sou só lamurias nesta tarde da noite. A lua está tão linda mas, me ponho a chorar por ter te perdido.
“forever” você disse.
Eu me coloquei a acreditar.
Ana… do véu, do céu, do meu céu. Do mar… mar cheinho de amar.
Ana… da cor, da dor, temor. Ah… Ana.
Pra que tantas promessas se sabia que ias enjoar do meu jeito torto de me doar?
Pra que tantos eu te amo pelas madrugadas se sabia que era errado me atormentar de amor?
Chega de “pra que’s”
Me coloco a escrever, em papel manchado, papel amarelo. Pego minha maquina de escrever e meus dedos ficam dormentes e pedem uma pausa. Não consigo. Fiquei meses sem escrever algo pra você. E agora o nada se tornou mais do que necessario. Fez-se tornar tudo, tudo chato-sem graça-sem-você-aqui.
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Deus, como eu queria colocar teu nome mil vezes nesta carta. Mas, até teu nome me tortura, amor.
Amor? Eu ainda teimo em usar essa palavra.
Que sejas…
Me diga, em quem vou buscar forças pra seguir mesmo com os joelhos doendo de tanto implorar?
Diz… o numero de quem vou discar e ficar olhando o nome na tela do celular e desistir de ligar porque você poderia estar dormindo? A voz de quem vou escutar quando estiver perto da hora de dormir? No coração de quem vou viver?
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Eu disse que não ia fazer dramas. Afinal, você disse que sou homem com cara de bravo.
“bota medo em qualquer mina que aparece aí” Seu deboche ainda ecoa em meus ouvidos.
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O jeito que só você tinha de fazer o canto dos meus labios esticarem o meu mais belo sorriso. Aquele que não sei dar pra mais ninguém.
Minha boca engole seco o gosto de teus beijos. Minha pele arrepia de vontade do ultimo abraço.
Do ultimo Adeus.
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Tudo parece mais complicado agora, Ana. Você se foi e me deixou aqui. Jurou nunca ir e se foi da maneira mais cruel e doentia que alguém já fez.
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Se eu fosse dar votos de uma vida feliz agora, seria apenas um “vai e não volta. Se me amasse ainda estaria aqui.”
Minhas mãos estão atadas, cruzadas em sinal de pedido ao céu.
Ajuda papai do céu, ajuda…
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Você não está mais aqui. Se desejas ser feliz, que seja.
-
Que seja gozo em corpos que pensará ser o meu. Abrirá os olhos e não estarei mais ali.
Que seja intenso os beijos que passarem por teus lábios. Abrirá os olhos e não estarei ali.
Que seja penoso essa tua espera. Abrirá os braços e não estarei ali.
Que seja corpo agora, o nosso era alma.
Que seja… contente pela escolha.
-
Encontrará em outras peles o que o meu não foi suficiente.
Encontrará em outro coração o que do meu você tirou.

Do homem que por mais que tenha escrito palavras doentias, tem um coração que te espera.
Você disse que nunca irá me esquecer. Apenas, acredito agora.
Eu ainda te amo.
Até um dia, quem sabe.
Do eterno-sempre-teu
João.

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